O ala Ricardo Steinmetz Alves, o Ricardinho, está em Paris. Na capital francesa, o atleta de Futebol de Cegos vai participar de sua quinta Paralimpíada. Tetracampeão paralímpico e eleito três vezes o melhor jogador do mundo, é destaque na equipe brasileira que disputa os Jogos de 2024 a partir do próximo dia 28. Ele será um dos personagens do livro “Vencedores II”, projeto idealizado pelo fotógrafo Sérgio Dutti, com textos do jornalista pernambucano Renato Ferraz.
O livro é uma publicação bilíngue, com 200 páginas, nas quais os leitores encontrarão 140 páginas ilustradas com a fotografia de Sergio Dutti. As 60 páginas restantes trazem a texto do jornalista Renato Ferraz, proporcionando um vislumbre íntimo das vidas, dos rigorosos treinamentos e das competições dos atletas paralímpicos brasileiros.
Ricardinho nasceu em Osório, no Rio Grande do Sul. E tem muito a contar de sua trajetória no esporte paralímpico. O atleta teve a visão comprometida aos seis anos, quando sofreu deslocamento de retina. Aos 10 anos, começou no futebol para cegos. Além da Paralimpíada, tem entre suas conquistas ouro nos Jogos Parapan Americanos, na Copa América e títulos mundiais.
“Conheci o Ricardinho em Londres, em 2012. Já era campeão paralímpico em Pequim 2008. De lá, depois, vieram as vitórias na Rio 2016 e Tóquio 2020. Hoje, tetracampeão paralímpico de Futebol de Cegos, Ricardinho não sabe o que é derrota. Ao ser lembrado de uma foto tirada por mim que mostrava o craque sendo derrubado por todos os jogadores adversários dentro da área, na final contra a França, falou: ‘o campo era azul’. Era o seu presente. E o meu também”, afirma Sergio Dutti.
Vencedores II - Em uma combinação de prosa e imagens marcantes, Vencedores II promete informar e emocionar tanto os amantes do esporte como os leitores em geral. A obra mergulha nas narrativas pessoais de 13 atletas que representarão o Brasil nos Jogos. Idealizado por Dutti, tem produção executiva de Elaine Justino e conta com o patrocínio Caixa.
O livro vai além de uma simples documentação. Destaca as histórias de atletas únicos, que têm em comum a superação e adversidades até alcançar a grandeza esportiva.
“O Brasil, ao longo dos anos, tornou-se uma potência paralímpica, figurando entre os 7 primeiros países no quadro geral de medalhas. Isso vem acontecendo graças ao investimento massivo que a Caixa tem aplicado nas últimas duas décadas no esporte, tendo como principal parceiro o Comitê Paralímpico Brasileiro, que tem feito um grande trabalho”, destaca Dutti.