Em sua estreia no US Open, Naomi Osaka roubou a cena com seu uniforme. A tetracampeã de Grand Slams colaborou com a Nike para criar um look inspirado nas roupas dos animes, com um grande laço atrás da camisa, dois pequenos laços no par de tênis, e quatro camadas de babado na saia. Esse episódio é apenas um dos exemplos das diversas parcerias feitas recentemente entre marcas, atletas e clubes.
Na mesma linha, a Dior anunciou em julho o heptacampeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton, como seu novo embaixador global. O piloto britânico é conhecido por fazer do paddock sua passarela, trazendo as últimas tendências da moda para a pista. Ele também foi o responsável pela longa parceria da Tommy Hilfiger, marca de vestuário americana, com a Mercedes, sua equipe.
No futebol, a Armani inovou ao ser a responsável por desenhar os uniformes do Napoli desde a temporada 21/22. Os clubes também passaram a se juntar com as marcas para fazer coleções do cotidiano (ou street wear), como é o caso do Guarani, que lançou recentemente uma camisa em homenagem ao gênero musical coreano K-pop.
A ideia veio após alguns integrantes de grupos musicais usarem réplicas de uniformes retrô do time de Campinas. Para Adriano Hintze, responsável pelo departamento de marketing do Guarani, a ideia da camisa veio após a grande repercussão nas redes sociais.
“Vimos como uma oportunidade de ampliar a exposição da nossa marca aproveitando todo esse fenômeno envolvendo as cantoras de K-pop. Além de conseguirmos estreitar os laços com um novo público, também foi importante para fortalecer globalmente a imagem do clube, já que as artistas têm uma grande legião de fãs”, explica.
Mais recentemente, o Botafogo anunciou a união com a Reserva, marca brasileira de alta moda e street wear, em continuidade da celebração de 130 anos do clube. A campanha da primeira coleção foi idealizada pela End To End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo. A agência auxiliou também no desenvolvimento e aprovação das peças.
“É uma ação vantajosa tanto para as marcas quanto para os clubes. Temos visto que essas parcerias geram um engajamento gigantesco para ambas as partes, que acaba reforçando suas imagens, ganhando novos consumidores e satisfazendo os clientes, fãs e torcedores atuais”, analisa Bruno Brum, CMO da empresa.
Além das coleções especiais, as marcas e times também estão investindo em linhas alternativas para os seus torcedores. A Adidas, por exemplo, tem sua própria linha casual e desenvolve essas peças para todos seus clubes. Enquanto o Sport é um dos clubes que possui a sua própria coleção casual, disponibilizando diferentes tipos de camisas para seus torcedores.
“É fundamental estarmos antenados nas tendências do momento para saber como melhor satisfazer o nosso torcedor. Uma das nossas principais mudanças foi transformar a Cazá do Sport na PST, a marca própria do Sport. Com ela, agora conseguimos apresentar uma variedade maior de produtos, juntamente com a Umbro, que confecciona nossos uniformes de jogo e, assim, atender melhor as necessidades do torcedor rubro-negro”, aponta o vice-presidente de marketing do Sport, Eduardo Arruda.
Para Fernando Kleimmann, sócio-diretor da Volt Sport, fornecedora de material esportivo 100% brasileira, que conta com mais de 10 times parceiros nas séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro, os atletas, equipes, fornecedores e marcas continuarão investindo nesse relacionamento:
“As camisas dos times hoje vão além do que os jogadores usam no campo, é a maneira que os torcedores têm de se identificar. Agora, o manto também é uma declaração da moda, isso faz parte do seu processo de fabricação. Uma boa camisa precisa unir a identidade do clube, com as vontades dos torcedores, junto com as tendências do momento”, comenta o executivo.
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