O número um do mundo Jannik Sinner disse na segunda-feira (30) que passou noites sem dormir por causa de seu caso de doping, que foi reaberto. Seu amigo Carlos Alcaraz o defendeu durante o ATP 500 de Pequim.
"Tudo isso é péssimo para o Jannik e o tênis. Pensávamos que estava tudo resolvido, mas afinal ainda não está. É complicado que esta situação volte a ser um tema. É ruim para todos", disse o espanhol, atual número 3 do ranking.
"Todos estão de olho nele e olhando de forma diferente. Sinceramente espero que tudo passe rapidamente para que ele possa focar naquilo que realmente gosta de fazer, que é jogar tênis", acrescentou Alcaraz, antes de se classificar para as semis do torneio chinês.
Sinner está sendo investigado pela Agência Mundial Antidoping (WADA), que busca punir o tenista em até dois anos depois que ele testou duas vezes positivo para traços do esteroide clostebol, em março.
"Em primeiro lugar, não é uma situação em que eu gostaria de estar, é uma situação muito delicada e difícil e também diferente", disse Sinner em Pequim, depois de derrotar Jiri Lehecka nas quartas de final por 6-2, 7-6(6).
"Mas o que eu sei é que sempre tento me lembrar de que não fiz nada de errado. Com certeza tive noites sem dormir durante esse período. Agora, mais uma vez, não vai ser fácil", revelou.
"Tento apenas manter o foco em meu trabalho e tentar fazer todo o possível para estar pronto para cada partida que disputo. Mas sim, este é um momento muito difícil para mim e também para minha equipe", afirmou Sinner.
Reabertura do caso
A Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) havia inocentado o italiano em agosto e, semanas depois, ele venceu o US Open.
A ITIA aceitou a explicação de Sinner de que a droga entrou em seu sistema de forma inadvertida pelo seu fisioterapeuta. Segundo a defesa do italiano, o fisio usou um spray para tratar um corte e depois fez uma massagem no tenista com a mão suja.
A WADA recorreu da decisão junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS), reacendendo o caso. "A opinião da WADA é que a conclusão de 'nenhuma culpa ou negligência' não foi correta de acordo com as regras aplicáveis", informou a agência.
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