O piloto Lando Norris, da McLaren, conquistou uma pole position enfática no Grande Prêmio de São Paulo neste domingo (3), depois que Max Verstappen, rival da Red Bull, se classificou apenas em 17º lugar em uma sessão molhada e cheia de acidentes em Interlagos.
George Russell se juntará a seu compatriota na primeira fila para a Mercedes em uma sessão adiada de sábado devido à forte chuva, com Yuki Tsunoda, da RB, em um impressionante terceiro lugar e Esteban Ocon, da Alpine, em quarto.
A corrida foi antecipada para começar às 12h30 (horário de Brasília), deixando várias equipes em uma corrida para reparar carros seriamente danificados.
O líder do campeonato de Fórmula 1, Verstappen, que terá uma queda de cinco posições no grid por causa de uma troca de motor, era apenas o 12º colocado quando a segunda fase da classificação foi interrompida a 46 segundos do fim.
Verstappen lidera o torneio sobre Norris, vencedor do sprint de 100 km no sábado em Interlagos em uma dupla da McLaren, por 44 pontos, faltando quatro grandes prêmios e um sprint.
O neozelandês Liam Lawson se classificou em quinto lugar para a RB, com Charles Leclerc, da Ferrari, em sexto, e Alex Albon em sétimo para a Williams, apesar de ter sofrido um grande acidente na fase final quando estava em segundo lugar na tabela de tempos.
O carro ficou seriamente danificado em um grande golpe para a Williams, que também teve o estreante argentino Franco Colapinto batendo na parede de pneus quando faltavam oito minutos e 50 segundos para o final da primeira fase.
Norris flertou com o desastre nessa mesma fase, passando por um triz em 15º lugar, depois de empurrar Lewis Hamilton, sete vezes campeão mundial da Mercedes, para os cinco últimos lugares.
“O carro não estava dirigível”, reclamou Hamilton, três vezes vencedor no Brasil, pelo rádio da equipe depois de se classificar em 16º.
Verstappen foi o mais rápido na primeira fase, com os pilotos lutando contra o spray e as condições escorregadias, mas suas esperanças de limitar os danos foram logo frustradas.
Batida de Sainz
Carlos Sainz, da Ferrari, vencedor da corrida anterior no México, acionou novamente as bandeiras vermelhas ao bater nas barreiras quando faltavam cinco minutos e 51 segundos para o final.
Isso também deixou Norris em perigo, em 11º lugar, com mais chuva chegando, mas o britânico estava na frente da fila do pitlane para sair com intermediários quando a sessão foi retomada.
Norris foi o terceiro e, em seguida, o mais rápido, antes que Lance Stroll, da Aston Martin, saísse da pista e interrompesse novamente os procedimentos, com amarelas duplas primeiro e, em seguida, vermelhas que acabaram pegando a Red Bull.
“O carro bateu no muro, precisava ser um vermelho direto”, reclamou Verstappen sobre a interrupção. “Não entendo por que a bandeira vermelha precisa levar de 30 a 40 segundos para ser acionada. Honestamente, eu deixei para lá. É muito estúpido falar sobre isso. É ridículo.”
Norris então garantiu a pole na fase final com o tempo de 1min23s405 segundos, com Russell marcando 1min23s578 para ficar ao seu lado.
Oscar Piastri, da McLaren, se classificou em oitavo, com Fernando Alonso, da Aston Martin, em nono, apesar de ter batido no Q3 e provocado outro período de bandeira vermelha, e Stroll em
Sergio Pérez, da Red Bull, se classificou em 13º e Sainz em 14º.
A sessão de domingo começou às 7h30, ainda mais cedo do que o Grande Prêmio dos EUA de 1984, em Dallas, onde o aquecimento pré-corrida estava programado para as 7h45, horário local, e o piloto francês Jacques Laffite apareceu ainda de pijama.
QUALIFYING CLASSIFICATION
— Formula 1 (@F1) November 3, 2024
The final result from an unbelievable session 👀#F1 #BrazilGP pic.twitter.com/wvDeMMffIa