Pais e mães têm procurado cada vez mais cedo suporte médico e profissional para crianças que possuem aptidão física em algum esporte, para melhorar seu rendimento e, quem sabe no futuro, tornar-se um atleta profissional. Visando este objetivo, o início do ano e as férias de verão são o período ideal para uma avaliação física.
O cardiologista Dr. Marcelo Leitão, que há mais de 30 anos atua na área de medicina esportiva em Curitiba, afirma que a avaliação detalhada de atletas, equipes esportivas e do público em geral que busca otimizar resultados - incluindo crianças - é extremamente valiosa.
“Muitos pais têm dúvidas quanto a possibilidade da criança ou adolescente se tornar um atleta de alto rendimento e se pode haver interferência no desenvolvimento. A avaliação de alta performance serve justamente para isso", esclarece o Dr. Marcelo Leitão, que é diretor científico e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e traz em seu currículo a atuação em times de futebol, duas Olimpíadas e Maratonas Internacionais. Ele coordena ao Eco Performance Humana, no Eco Medical Center, para atender pessoas que buscam conhecer ou melhorar a sua aptidão física, aumentar a performance no esporte, avaliar suas condições clínicas e físicas, melhorar sua qualidade de vida, entre outros aspectos.
Alta performance em crianças
O endocrinologista pediátrico Alexandre Menna, médico da equipe do Eco Performance Humana, afirma que a dúvida dos pais sobre alto rendimento e interferência no desenvolvimento: depende da forma como isso tudo é conduzido com a criança. O programa que ele integra combina avaliação médica e de fisioterapia para garantir que a prática esportiva intensa não prejudique a saúde das crianças.
“A avaliação da aptidão física inclui potência aeróbica, composição corporal, avaliação postural e força muscular. Tudo isso associado a um equilíbrio entre treinos, descanso e nutrição, o que favorece um crescimento e desenvolvimento saudáveis ”, explica o especialista.
Uma das crianças atendidas pelo Dr Alexandre é Felipe Teruki Yagueshita, 12 anos, atleta de beisebol que treina desde os sete anos no Nikkei Curitiba. Com uma rotina que inclui musculação, treinos noturnos e aos finais de semana, Felipe também faz fisioterapia para prevenir lesões nos joelhos duas vezes por semana. Ele hoje integra a seleção brasileira e já representou o país em competições internacionais pela seleção, como o Mundial no Japão em 2023 e o Pan-Americano no México em 2022. Este ano, foi novamente para o Mundial do Japão e o Pan-Americano no Panamá. Este ano também veio um convite muito especial: ele foi convocado para integrar o Major League de Baseball, no Brasil. Ele vai morar no centro de treinamento em Ibiúna (SP) com bolsa de estudo em 2025.
Sob o acompanhamento de Alexandre desde os oito anos, para verificar nutrição, a musculatura e o desenvolvimento da puberdade, Felipe é um exemplo de como a alta performance pode ser desenvolvida com equilíbrio, suporte médico e um ambiente saudável. A mãe, Alessandra Terada, afirma: “Ele ama o esporte, segue a dieta e os treinos com dedicação”, diz ela, que cuida para haver o equilíbrio esportivo, social e pedagógico nas atividades do filho.
Equilíbrio é a chave para o sucesso
O trabalho adota uma abordagem que prioriza a saúde e o desenvolvimento integral dos jovens atletas.
“Alta performance é possível, mas requer suporte interdisciplinar: médico, pedagógico e psicológico”, afirma Alexandre. Esse cuidado permite que crianças como Felipe alcancem níveis elevados no esporte sem comprometer sua infância e seu crescimento.
“Não há fórmula mágica para evitar lesões associadas ao esporte, mas o acompanhamento e monitoramento de risco ajudam. Ideal manter o equilíbrio entre o treinamento e repouso, uma alimentação e sono adequados. E deve-se lembrar que, na infância, o mais importante é o brincar e se divertir. Evitar a pressão por resultados e a especialização precoce”, reforça o endocrinologista.