O goleiro Marc-André ter Stegen ficou de lado nas opções para defender a baliza do Barcelona e terá que tomar uma importante decisão na carreira um ano antes da Copa do Mundo.

Ter Stegen, que está de férias, deixou que as notícias do Barcelona o atingissem em cheio. O goleiro da seleção alemã postou foto em uma praia grega no Instagram, com outra foto mostrando um café com leite e a frase: "Posso pedir mais alguma coisa?". Bem, talvez outra conversa com Hansi Flick.

Desde a última quarta-feira (18), com a transferência do goleiro Joan García do Espanyol para os Culés, uma conversa é o que mais importa: García, como todos sabem, será o novo número 1 do clube e ter Stegen está de fora um ano antes da Copa do Mundo.

Quando o alemão de 33 anos se apresentar para a pré-temporada, em julho, Flick já terá tomado uma decisão. A contratação de García, prevê o jornal catalão "Sport", implica a saída de Ter Stegen.

O Barcelona, notoriamente sem dinheiro, quer tirar o capitão da folha de pagamento para liberar dinheiro para novas contratações, como García ou o atacante Nico Williams, do Athletic Bilbao.

Ter Stegen se torna um problema político

A decisão pessoal de alto nível está provocando oposição até mesmo em Barcelona.

"Nosso capitão não está sendo tratado adequadamente pelo clube. Acho ruim que ele só fique sabendo de tudo pela imprensa. É um bullying o que estão fazendo com ele", reclamou o candidato à presidência do clube Victor Font.

Especificamente, ter Stegen teve que ler nos jornais espanhóis que García receberia "sua" camisa número 1, ou que ele seria apenas a 5ª opção, atrás do recém-chegado, de Wojciech Szczesny e de dois jovens. De acordo com o Mundo Deportivo, já está claro que ter Stegen não jogará um minuto sequer na pré-temporada.

Mas o jogador, que está no clube desde 2014, não está preocupado. "Sei que estarei no Barcelona no próximo ano. Estou ansioso para a próxima temporada, porque temos uma grande equipe que é jovem, dinâmica e faminta", disse o alemão recentemente na concentração da seleção alemã. 

O exemplo de Frenkie de Jong mostra que até mesmo os profissionais que o Barcelona queria "se livrar", por terem um salário alto, podem se manter no time. Especialmente porque não está claro se e quando García poderá ser utilizado.

"Uma coisa é contratá-lo, outra é registrá-lo como elegível para jogar", afirmou o presidente de LaLiga, Javier Tebas, sobre os obstáculos do Fair Play Financeiro que os Culés terão que enfrentar.

Interesse do Galatasaray

Devido ao seu contrato, que vai até 2028, o alemão pode "entrar na situação relativamente relaxado", disse Nagelsmann, técnico da Alemanha. Na realidade, o treinador acredita que a situação está mantendo o goleiro "ocupado, e isso também é humano".

O Galatasaray, em que Leroy Sané já quer se candidatar a uma vaga na Copa do Mundo, ofereceria uma saída. Mas Ter Stegen ainda descarta a possibilidade. "Desde que eu tenha um bom desempenho, estou sempre bem protegido", garantiu.