O novo técnico da Itália, Gennaro Gattuso, afirmou nesta quinta-feira (19), durante sua apresentação em Roma, que está convencido de que pode levar a Itália à Copa do Mundo de 2026, apesar do início ruim do time nas Eliminatórias europeias para o torneio.
"Acho que temos bons jogadores disponíveis. Temos quatro ou cinco que estão entre os ‘Top 10’ do mundo em suas posições", disse Gattuso, que substitui Luciano Spalletti, demitido após a derrota da Itália por 3 a 0 para a Noruega no primeiro jogo das eliminatórias.
"Temos uma boa equipe, mas estou falando da equipe, não de indivíduos. Estou convencido de que a equipe tem qualidade e que podemos alcançar nosso objetivo de nos classificarmos para a próxima Copa do Mundo", declarou.
Após os dois primeiros jogos das Eliminatórias, a Itália, que já ficou de fora das edições de 2018 e 2022, está em terceiro lugar no grupo com três pontos, nove pontos atrás da Noruega (12 pontos), que disputou mais dois jogos.
“Entusiasmo, desejo, vontade de estar juntos e unidos para enfrentar as complicações, tenho muito claro o que precisa ser feito”, garantiu o novo técnico sobre o plano de reviver os tetracampeões mundiais.
A equipe que terminar em primeiro lugar no Grupo I se classificará automaticamente para a Copa do Mundo nos Estados Unidos, Canadá e México, enquanto o segundo colocado terá de passar pela repescagem, uma etapa fatal para a Itália em 2018 e 2022.
"Criar uma família"
Gattuso, de 47 anos, avisou aos jogadores que, com ele, "nos treinos, eles terão de ir a mil por hora".
"Quando os treinos começarem, vocês terão de dar o melhor de si e trabalhar com seriedade. É preciso criar uma família, é preciso devolver a esse grupo de jogadores a mentalidade que, por muito tempo, fez com que a Itália fosse admirada no mundo”, continuou o ex-jogador da seleção italiana.
O vencedor da Copa do Mundo de 2006, conhecido por ser um jogador duro, insistiu no aspecto psicológico da nova função.
“Precisamos conversar com os jogadores e entrar em suas cabeças para transmitir-lhes positividade. A tática e a técnica não são o mais importante”, exclamou.
"Há anos venho ouvindo que não há talento, que não há jogadores, mas nós temos tudo isso. Precisamos colocá-los em uma situação em que possam dar o melhor de si", insistiu Gattuso, que já conversou com 35 jogadores da seleção.
Alternativa após recusa
Embora o técnico não tenha sido a primeira escolha da Federação Italiana (FIGC), que foi rejeitada pelo experiente Claudio Ranieri, o presidente da FIGC, Gabriele Gravina, apresentou sua nomeação como “uma escolha do coração e da convicção”.
“Ele é um técnico que sabe o que significa vestir a camisa da Itália”, justificou.
Como jogador, Gattuso ganhou tudo, inclusive dois títulos da Liga dos Campeões com o Milan. Seu histórico como técnico se limita a um único troféu, uma Copa da Itália com o Napoli em 2020. O italiano teve uma série de passagens decepcionantes pelo Milan (2017-2019), Valencia (2019-2021) e Olympique de Marselha (2023-2024).