O Botafogo venceu o PSG por 1 a 0 nesta quinta-feira (19), no Rose Bowl, pela 2ª rodada do Grupo B da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Igor Jesus foi o responsável por marcar o único gol da partida, determinando um resultado histórico. Pela primeira vez desde o Corinthians em 2012, um time brasileiro superou um adversário europeu no Mundial. E não foi qualquer um. Foi simplesmente o campeão da Champions League.
Com o resultado, o time carioca chegou aos seis pontos e lidera sua chave à frente dos gigantes europeus PSG e Atlético de Madrid, ambos com três pontos. O Seattle Sounders é o lanterna e já está eliminado.
O Glorioso volta a campo na próxima segunda-feira (23), contra outro gigante do futebol europeu — o Atlético de Madrid, às 16h (de Brasília), novamente no Rose Bowl, em Pasadena, na Califórnia. O PSG encara o Seattle Sounders no mesmo dia e horário, no Lumen Field.
Apesar de estar invicto, o time carioca ainda não está garantindo nas oitavas de final. Existem quatro cenários para determinar a classificação do Glorioso à próxima fase.
O primeiro deles será em caso de vitória sobre o Atlético de Madrid na próxima rodada. O segundo é se o clube empatar com o adversário espanhol. Neste caso, o Botafogo também garantirá a ponta da chave.
O terceiro cenário é se perder para o Atlético de Madrid por um ou dois gols. E o quarto é em caso de derrota por três ou mais tentos, desde que o PSG não vença o Sounders.
Brilha a estrela solitária!
Antes de a bola rolar no Rose Bowl, John Textor, dono da SAF do Botafogo, disse à reportagem da TV Globo que o PSG não era um deus. Dito isso, longe do Olimpo de Munique, os mortais podem sangrar. O Glorioso observou o gigante europeu, recém-campeão da Liga dos Campeões, e não se intimidou, jogando com personalidade para derrubá-lo.
O futebol brasileiro precisava disso. Depois de consistentes jogos na primeira fase, com Palmeiras e Fluminense flertando com a vitória, mas empatando sem gols com Porto e Borussia Dortmund, respectivamente, coube ao Botafogo, o também atual campeão brasileiro, colocar ordem na casa e dar as cartadas no Rose Bowl, palco onde o futebol pentacampeão mundial tem lastro.
No início deste ano, muito se falava sobre o desmantelamento do time supercampeão do Botafogo. Os resultados ruins se acumulavam, inclusive a eliminação da fase final do Campeonato Carioca. Mas o Botafogo estava se preparando para glórias maiores.
Sem tirar os méritos. Foi gigantesco!
E não tem essa de que Luis Enrique mandou a campo um time misto. Na segunda etapa, com o resultado desfavorável, o comandante espanhol soltou suas feras, como Barcola, João Neves, Nuno Mendes e Fabián Ruiz para fortalecer o time que já contava com peças como Khvicha Kvaratskhelia.
E mesmo assim, o Botafogo prevaleceu. O oitavo colocado do atual Brasileirão. E os méritos são múltiplos, dentre eles a escalação de Allan, que de longe fez sua melhor partida com a camisa do Botafogo.
Em um jogo de entrega absoluta, o sistema defensivo do time carioca parou o ataque francês, que vinha de goleadas sobre a Inter de Milão (5 a 0 na final da Champions) e Atlético de Madrid (4 a 0 na abertura do Mundial de Clubes).
Solta o Kamehameha!
E claro, uma vitória com a assinatura de Igor Jesus. O camisa 99 marcou seu segundo gol no Mundial, agora contando com um desvio para vencer Donnarumma. Um lance para a história!
Em seus jogos finais pela Estrela Solitária, Igor Jesus vem tornando-se uma figura ainda mais marcante para o Botafogo, entregando momentos históricos desde a temporada passada, quando formou um ataque iluminado com Luiz Henrique, hoje no Zenit.
Outro destaque no lance do gol foi Savarino, que encontrou um passe preciso para que o atacante saísse em condições de marcar aos 36 minutos do primeiro tempo. Quando eles estão inspirados, esquece. Doué, um dos caras da final da Champions, mal viu a cor da bola no duelo com Alex Telles.